Apagar-te da minha vida? Nao, obrigada!!!

Posted by Uma Coral chamada Petra on sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Hoje um amigo disse-me: “ tu ainda falas tanto dele…”
Não me deu novidade nenhuma. Se ainda sinto tanto de ti é normal que por vezes fale de ti. Muitas vezes acontece sem eu mesma dar conta, e lá começo eu a relembrar, a recapitular e reviver o que tu mais gostavas e o que menos gostavas em mim.
Falo de ti e escrevo para ti, porque sei que terei sempre algo para te dizer, porque simplesmente não consigo apagar-te da minha vida. Nem tento.
Sim, porque não penses ou consideres que o facto de “foder” com outra pessoa, possa ser mais uma tentativa de te varrer da minha vida.
Depois de ti já me deixei seduzir, já seduzi, talvez até já tenha provocado paixões impossíveis e proibidas, ou talvez eu própria tenha estado muito perto de me apaixonar. Depois de ti já aliciei e me deixei aliciar. Já cativei e fui cativada. E não penses que não gostei, ou que não gosto. Porque gosto e muito.
Não te choques com a palavra “foder”. Já sabes como eu sou. Não vou enrolar-me em hipocrisias e substituir o “foder” pelo típico “fazer amor” ou pelo banal “ir para a cama”, até porque muitas vezes tem sido no carro.
As coisas e os actos são para ser chamadas pelos nomes.
Ah, lembrei-me agora. Também podemos chamar-lhe sexo, mas como diz uma amiga minha, as mulheres nunca tem só sexo. Podem até tentar, podem até acreditar que o conseguem, mas depois com o sexo lá vêm os sentimentos. Podem ser variados, mas não vou alongar-me muito neste assunto, até porque conhecendo-te como conheço não estás minimamente interessado em ouvir os meus supostos sentimentos por outro homem. Vês como somos diferentes? Já eu, tenho curiosidade em saber que género de sentimento nutres pela mulher (ok, hoje não lhe chamo mocinha vulgar) que tu resolveste assumir como tua namorada. Tanto que já te perguntei. Tu não respondes. Dizes que te custa faze-lo, que comigo preferes não falar sobre isso. E eu respeito. Sabes que respeito. Só não consigo é apagar-te assim da minha vida, como se as pessoas fossem giz branco, impressas num quadro preto já gasto.
E tu? Tentas apagar-me da tua vida, ou quando me pediste uma certa distancia já tinhas decidido que seria o tempo a escolher se me apagavas ou não da tua existência?
É a velha história de que o tempo resolve tudo. Também me dizem isso muitas vezes. Esquecem-se é de dizer-me o tempo exacto que demora a resolver.
É essa pessoa com quem dormes e a quem decidiste dar-te, que está encarregue de te ajudar nessa batalha? Foi a ela que encomendaste essa tarefa?
E agora não resisto, lá vem a minha prepotência, e digo-te que a batalha dela talvez seja dura, e a tarefa difícil, senão impossível.
Mas ela não sabe, e lá está ela com a sua prepotência quase que a querer apagar-me da tua vida. Tanta coisa que ela não sabe. Aquelas particularidades, os pequenos detalhes, aquelas coisas que permanecem em nós, que subsistem para além de nós, porque são coisas demasiado grandes para que possam apagar-se.
Ela não sabe. E mesmo que tu lhe contes, vai continuar sem saber, porque ela não sentiu…nem nunca irá sentir aquilo que foi… e que é nosso.

Sentes a minha repugnância ?

Posted by Uma Coral chamada Petra on quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Espantava-te se te dissesse que não existe um único dia, sem excepção, em que não me turvas e embacias o pensamento? Talvez sim, ou quem sabe o espanto não seria assim tanto.
Na verdade deves ter mais coisas em que pensar, que duvido que te passe pela cabeça que ainda te quero, ou te perguntes o que andarei a fazer desta minha vida que tu sempre achaste meia lunática. Lunática aos teus olhos ou não, o importante é que vou chegando onde quero.
E se calhar até tens razão quando usas o termo “aluada”, afinal os meus sonhos andam muito perto da lua. Se alguma vez duvidaste que iria lá chegar, muito em breve a vida vai mostrar-te o contrário. A vida, não eu, porque é certo que deixei de ter que te mostrar o que quer que fosse.
Se ainda gosto de ti? Não sei.
Se ainda tenho saudades tuas? Algumas.
Mas deixa-me dizer-te que quando te reviso mentalmente, quando o meu cérebro resolve evocar-te mais uma vez e mais outra, os sentimentos transportados no meu intimo são talvez de dúvida, de confusão.
Fico quase sempre com a sensação de que somos uma história inacabada. E essa sensação leva-me a pensamentos talvez ilusórios em relação a nós.
Será que irias rir-te muito se eu te dissesse que até acredito que essa tua história que arranjaste com a “alternativa” que te estava mais á mão, até é capaz de durar meses, ou até anos. Provavelmente aquela mocinha vulgar até conseguiu a proeza de fazer com que te apaixonasses por ela. Talvez estejas a viver aquele entusiasmo do inicio. Talvez a mocinha vulgar, com quem a genética não foi muito generosa, igual a tantas outras, até tenha qualquer coisa que se aproveite. Talvez ela não seja assim tão má na cama, como alguém um dia disse.
Talvez ela seja exactamente o que tu procuras por agora, a tal banalidade que de uma forma ou de outra te levam á tua ansiada estabilidade.
Talvez ela até nem seja má pessoa. Não sei…e não tenho o menor interesse em saber.
Será que irias rir-te muito se eu te dissesse que sim, que acredito que isso vai durar, mas que também acredito que vai acabar.
E depois vem-me á ideia de que a vida ainda tem muita coisa designada para nós.
Mas enganas-te se pensas que vou começar agora com aquele discurso melodramático, típico das telenovelas ou dos filmes sobre grandes histórias de amor…e uma das pessoas se mantém eterna e quase que estaticamente á espera que a outra pessoa volte.
No entanto existe algo dentro de mim que me diz que talvez voltes, sem que eu espere.
Não sei que tipo de relação é essa que te enche a barriga (será que enche?), não sei o que tens feito nestes últimos três meses, e as vezes que me cruzei com vocês, os pseudo-pombinhos , foram suficientes para saber que prefiro que isso não aconteça muitas vezes.
Tenho sempre receio do que isso pode provocar em mim, porque jamais irei compreender o comportamento horripilante dessa tua namoradinha, assim como nunca conseguirei entender como é que tu, sendo uma pessoa tão racional não sentiste aversão a tal comportamento…
Não interessa.
Sentes a minha repugnância ?
Porque é isso que sinto quando a vossa imagem me vem ao pensamento…repugnância.

Amo-te...

Posted by Uma Coral chamada Petra on domingo, 18 de janeiro de 2009


" Tenho a certeza de que disse AMO-TE.
Tenho a certeza de que tudo o que tenho feito é por amor.
Tenho a certeza de que o que sinto é amor.
Tenho a certeza de que te amo.
Mesmo que nao te volte a ter tenho a certeza de que te amei.
Podemos amar em silêncio, podemos amar distantes, pode amar-se muito e muito, mas nao se ama na dúvida.
Espero aqui, em silêncio, pelo amor, por ti. "

Eduardo Martins