Morrer de Amor. Só um bocadinho...

Posted by Uma Coral chamada Petra on quinta-feira, 21 de outubro de 2010

" As vezes que me senti frágil, sem rumo, sem nexo, engasgada na raiva, sofucada pelo engano, atterorizada pelo futuro que - pasmem-se - não tinha ao lado aquele, o outro e depois ainda mais aquele mais lá ao fundo, estão a ver qual é? pois eu já nem me lembro também. As vezes que se morre de amor, as vezes que se pensa que é desta que nos transformamos em pedra, as vezes que acordamos no meio da noite porque de repente ouvimos a voz, sentimos o cheiro, tocamos na pele de quem já não está nem aí, nem aqui nem em lado nenhum. As vezes que ressuscitei, que olhei para trás e sorri porque já nem sei o nome, porque já nem reconheço a voz quando liga, porque já nem sinto o coração na boca quando leio, quando já nem sei do que morri, e descobri que afinal não se morre de amor, só um pouco, um pouquito talvez, o suficiente para sentir o fundo do mar e voltar à tona, respirar todo o ar perdido, de uma vez só e voltar a embrulharmos-nos na vida. Não se morre de amor. "

in Sem Filtro

Memórias de ti …

Posted by Uma Coral chamada Petra on quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Foto: Sara Sá


“ ...porque só me falam de ti...porque a nostalgia ainda dói...porque tu nunca sairás de mim...e porque eu serei sempre uma parte de ti ...e isso corrói ainda mais !!! A palavra seguinte fica para mim...
E porque tudo me leva até ti...e porque admito a poucos , e porque até a mim custa admitir.
Hoje vi algo nosso. Doeu.
Eu paralisei, precisamente ao mesmo tempo que o meu passo acelerou.
As pernas tremem-me...o teu nome ecoa num tom que me aflige...
...e eu respiro fundo !!! Olho para a porta de madeira escura e trancada com uma chave que foi atirada a um poço.
...e a porta move-se. Fica como entreaberta por um fio onde eu nem sequer consigo passar. E eu paro. Paraliso. O medo paralisa-me. Paro e fito a porta com olhos de quem quer ver para além do que aquilo que me ensinaram a ver...
...o teu olhar, o nosso livro, o nosso sonho...
" nosso ? " Isso já nem sequer existe...
Mas eu continuo...
não sei, se pela dor, ou se pelo trinco que ainda não fechei. Mas isso eu não digo...nem quero dizer. Os teus olhos são de uma cor que eu já nem conheço. Digo eu. Digo a quem finge ...acreditar...
...são verdes...com um toque acinzentado. São os teus. Os mesmos onde eu morei e de onde fugi, ou fui expulsa. Nem sei. Vê lá que ainda não sei...
...vê lá que ...talvez ainda não tenha aceite a ordem de expulsão !!!
Mas mesmo assim , eu sorrio...porque nunca deixei de sorrir...
Mesmo quando te deixei ir.
Sentimento de posse !!! Conheces ? Reconheci-o inúmeras vezes nos outros e jurei nunca o aplicar em mim. E então...
‎...então , as palavras , os gestos, tudo era considerado meu...
mas isso foi antes de eu aprender que nada é nosso...a não ser...nós mesmos !!! “


in Traição, Experiências, Fluoxetina e Suposições


( Porque a Mafalda disse aquilo que a Petra nunca mais voltou a escrever aqui )

Foi há três anos…

Posted by Uma Coral chamada Petra on quarta-feira, 6 de outubro de 2010

…que demos inicio ao nosso fim !