Nostalgia estridente...
Posted by Uma Coral chamada Petra on segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
foto: Daniel Pedrogam
A última vez que escrevi, abri um documento de Word com o pensamento e a vontade de o preencher com linhas infinitas, linhas que se transformariam em folhas timbradas por palavras. Palavras. As minhas palavras para ti, as palavras que ainda tenho para te dizer. Por vezes questiono-me se estas palavras, estas palavras que aqui deposito serão realmente para ti ou para mim.
Dirijo-me quase sempre a ti, mas talvez a mensagem maior seja para mim.
No outro dia, quando me lembrei da data, quando o calendário passou a marcar o dia 16 de Janeiro, eu quis falar. Quis escrever, quis saber o porquê daquela data ter ainda a carga colossal que tem na minha vida.
Não consegui escrever mais do que uma linha. Uma frase. Uma frase em jeito de pergunta. A tal pergunta que faço a ti, mas que sei ser mais dirigida a mim do que a ti. Eu sei. É a mim que tenho que perguntar. Até porque tu já nem ouves, nem lês, e nem sequer sabes, que passado tanto tempo, ainda continuo a escrever para ti.
Tu também nunca deste grande importância a datas. Muito menos a datas que já não são para comemorar. Só eu continuo a fazer uma bolinha em volta dessa data. Sempre gostei de efemérides. Tu costumavas dizer que nunca me esquecia dos dias exactos em que as coisas aconteceram. E é verdade. Gosto de datas. De assinalar, de recordar e festejar. Os aniversários. Os dias em que conheci pessoas importantes, os dias em que tomei decisões que tiveram peso e mudança, os dias em que…tanta e infinita coisa. Os dias dos beijos, dos olhares, dos inícios das cumplicidades. E ficaria aqui numa lista interminável sobre os dias das coisas e dos momentos que eu tenho esculpidos na memória.
Naquele dia, ao olhar o 16 que o calendário marcava vi-te também estampado nesse número. Vi-te ali, vi-te tal e qual nesse dia de um dia 16 de Janeiro de há cinco anos atrás, e de tantos outros dias 16 de tantos outros meses, e de outras datas…e de ti com todas as expressões que te conheci. Foi por isso que não consegui escrever mais do que uma linha. Porque fiquei a olhar para ti…a ver-te e a rever-te uma vez mais e mais outra. Foi por isso que não escrevi mais do que uma frase. Não fui capaz. Deixei-me estar. Deixei-me ficar ali... presa no silêncio característico da nostalgia gélida e estridente que se abateu sobre mim.
Dirijo-me quase sempre a ti, mas talvez a mensagem maior seja para mim.
No outro dia, quando me lembrei da data, quando o calendário passou a marcar o dia 16 de Janeiro, eu quis falar. Quis escrever, quis saber o porquê daquela data ter ainda a carga colossal que tem na minha vida.
Não consegui escrever mais do que uma linha. Uma frase. Uma frase em jeito de pergunta. A tal pergunta que faço a ti, mas que sei ser mais dirigida a mim do que a ti. Eu sei. É a mim que tenho que perguntar. Até porque tu já nem ouves, nem lês, e nem sequer sabes, que passado tanto tempo, ainda continuo a escrever para ti.
Tu também nunca deste grande importância a datas. Muito menos a datas que já não são para comemorar. Só eu continuo a fazer uma bolinha em volta dessa data. Sempre gostei de efemérides. Tu costumavas dizer que nunca me esquecia dos dias exactos em que as coisas aconteceram. E é verdade. Gosto de datas. De assinalar, de recordar e festejar. Os aniversários. Os dias em que conheci pessoas importantes, os dias em que tomei decisões que tiveram peso e mudança, os dias em que…tanta e infinita coisa. Os dias dos beijos, dos olhares, dos inícios das cumplicidades. E ficaria aqui numa lista interminável sobre os dias das coisas e dos momentos que eu tenho esculpidos na memória.
Naquele dia, ao olhar o 16 que o calendário marcava vi-te também estampado nesse número. Vi-te ali, vi-te tal e qual nesse dia de um dia 16 de Janeiro de há cinco anos atrás, e de tantos outros dias 16 de tantos outros meses, e de outras datas…e de ti com todas as expressões que te conheci. Foi por isso que não consegui escrever mais do que uma linha. Porque fiquei a olhar para ti…a ver-te e a rever-te uma vez mais e mais outra. Foi por isso que não escrevi mais do que uma frase. Não fui capaz. Deixei-me estar. Deixei-me ficar ali... presa no silêncio característico da nostalgia gélida e estridente que se abateu sobre mim.
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Acerca de mim

- Uma Coral chamada Petra
- "Linda e Fatal A coral, é de facto uma serpente bonita. Essa linda serpente tráz na boca duas presas venenosas. As suas mandíbulas são uma armadilha para cobras pequenas, mesmo as venenosas. O veneno da coral ataca o sistema nervoso central, e quase sempre mata. Esta serpente, no entanto não é sempre perigosa, pois não provoca o ataque como a maioria das cobras venenosas, mas ao sentir-se atacada a cobra-coral contra-ataca com uma rapidez e eficácia fatal. " " Petra Significa: saber cativar os outros e manter um convívio harmonioso e agradável. É muito hábil e altruísta. Afectivamente, dedica-se com paixão. É sensual e atraente. É exuberante nas suas manifestações mas não perdoa retorno morno ou indeciso. "
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15 comentários:
Lindas palavras.... toca bem cá no fundo! bjs
Maravilhoso! Olha, eu compreendo tudo o que você disse. Encontrei muitos pontos em comum nesse texto. E gostei de saber que não sou a única a fazer bolinhas nessas datas especiais só pra nós.
Beijos e pétalas.
Sem muitas palavras,digo que ;
Adoro sem limites as coisas que escreve,já me vi muitas vezes nelas.
Lembre-se que recordar é viver. As vezes magoa,as vezes faz feliz. Depende de como a gente vê e reage aos sentidos da vida(...)
Beijos ^^
a nostalgia pode deixar-nos apenas petrificados...
bonito o teu texto*
Obrigada Poetic Girl. beijinhos
É bom saber que não somos unicas a sentir determinada sensaçao. Obrigada Petala. beijinhos
" Adoro sem limites as coisas que escreve" , é tão bom ouvir isto. Fico muito feliz que as minhas palavras cheguem às pessoas. Obrigada pelo carinho Evelyn. beijinhos
Iza: sem duvida. E foi assim que eu fiquei. beijinhos
Fiquei fascinada com as tuas palavras!Revi.me nelas!
Também dou muita importância as datas!Todos aqueles momentos importantes ficam marcados não só pelo momento mas pela data,pelos números!
Espero que continues a escrever porque as tuas palavras conseguem tocar!
BeijinhoS
Sem bolinhas mas com a agenda cheia de apontamentos, senti-me confortado por ver que não sou o único a sentir-me assim. Só que essas datas que deveriam ser de festejos, de comemorações, são hoje pouco mais que uma nostalgia agridoce em que recordamos momentos felizes.
Sempre a escrever coisas maravilhosas :) ! Custa recordar essas datas... Eu tento não recordar (algumas) porque, no fundo, recordar é viver :s ! Beijinho*
Por mais que digamos que as coisas já passaram, sempre nos continuará a custar aquele dia especial.
Lindo, adorei.
Olá,
li e reli este texto. Fez-me viajar e sonhar.
Por isso eu digo no meu blogue que
O coração de uma mulher é como o sangue das palavras.
Um beijo
Cheguei aqui pelo facebook, por um leotr comum... e estou "parva"... por encontrar alguém que acaba por fazer os mesmos rituais que eu... e o diz, como eu.
E anda em frente, mas não deixa de lembrar... como eu.
Escolhi este post para comentar... porque também faço círculos em calendários... :)
Beijinho grande, sei que vou voltar aqui.
Este texto desnorteou-me.
Desculpa mas não consigo dizer mais nada.
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